A imagem acima ilustra a Fita de Möbius e ainda a resposta para o problema que colocamos no primeiro paragrafo, a formiga seguindo o caminho da fita vai conseguir passar por todo o lado externo da fita, como todo o lado interno da fita sem precisar de furos ou caminhos extras para conseguir cumprir a tarefa.
O Título dessa postagem trás a expressão “evolução individual”, isso por que o objeto da Fita de Möbius, como tantos outros segredos matemáticos, podemos transpor em forma de analogia para nossas vidas, mas precisamente em nossa evolução.
Geralmente, seja usando a Astrologia ou o próprio Tarô, a “mensagem” é a necessidade de se alcançar, de buscar, de perseguir, a evolução do individuo como um todo. Evolução essa nas áreas materiais, espirituais, sentimentais e mentais e todo esse processo consiste em um equilibro entre o nosso “Eu” interno, e o nosso “Eu” externo, e logo nos deparamos com um peculiar mistério: como conciliar nossos julgamentos, escolhas e atitudes com o nosso “Eu” interior e o nosso “Eu” animal exterior? Já que muitas vezes não temos uma “abertura” clara de conexão entre esses dois “mundos”, precisamos encontrar ou transformar nossa relação com o “Eu” interior, semelhando a formiga do nosso exemplo na fita de Möbius, isso é, o nosso interior e o nosso exterior sem um inicio ou fim, mas como um caminho constante como se ambos fossem um só, onde tudo flui em um fluxo perfeito de um lado para o outro.
A imagem que usei no início desse texto parece que foi desenha pensando nesse proposito. A Carta do Tarô de Rider Waite “2 de Ouros” tem um o título “ Senhor da Mudança Harmoniosa”, onde vemos um personagem a brincar com duas moedas de ouro, indicando movimentos “de um lado para o outro”, como um perfeito malabarismo para que nenhuma das moedas caiem no chão. Percebam como uma das pernas dele está levemente levantada como um esforço corpóreo para que o equilibro seja mantido, podemos facilmente considerar como uma das moedas o lado interior e a outra como o lado exterior. Ainda na nossa carta, temos ao fundo alguns navios desbravando ondas de tamanho igual ou maior que as próprias embarcações, mas ainda assim elas resistem firmes ao “subir e descer” do mar, valentes até o seu destino final. Nei Naiff usou uma expressão interessante para definir essa carta: “obstáculos transponíveis”.
Se queremos encontrar um caminho para a nossa evolução, não adianta querer trilhar apenas o “caminho santo” do nosso “Eu” interior ou o caminho libertino do nosso “Eu” exterior, e sim, encontrar um perfeito fluxo entre eles até um ponto onde possamos confundir onde estamos em um, ou quando estivermos em outro.
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