Vejo o Nove como o ponto culminante antes do desfecho que o Dez trará. São nestes arcanos que recebemos com maior força os impactos de cada Naipe, antes que o 10 venha e conclua. Se compararmos a um filme, os Noves seriam como os momentos decisivos e eletrizantes antes do final.
Por exemplo, num filme romântico, o casal central sempre tem uma dolorosa separação (8 de Copas), para depois acontecerem fatos que provam que eles sempre se amaram (9 de Copas), antes do “foram felizes para sempre” (10 de Copas) final.
Num filme de ação, após a luta contra o vilão (7 de Paus), o mocinho consegue vencê-lo (8 de Paus). Mas o vilão não estava morto, como todos achavam, e o mocinho é obrigado a lutar novamente, apesar de estar exausto (9 de Paus). E depois, ainda resta consertar o que o vilão estragou (10 de Paus).
Numa história de negócios, após o mocinho ir à falência (5 de Ouros), ele encontra alguém para ajudá-lo (6 de Ouros). Ele então decide encarar um outro desafio (7 de Ouros), onde ele se sai melhor do que pensava (8 de Ouros). Consegue então o sucesso e o reconhecimento (9 de Ouros), que desta vez serão mais permanentes (10 de Ouros).
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