Uma tribo de índios norte-americanos, os Winnebagos, possuem uma lenda de quatro etapas distintas da evolução do herói e do ciclo de maturidade da humanidade.
Nestas histórias (publicadas pelo Dr. Paul Radin em 1948, sob o título O Ciclo Heroico dos Winnebagos) pode-se notar a clara progressão do mito desde o conceito mais primitivo do herói até o mais elaborado. Esta progressão é característica de outros ciclos heroicos. Apesar de suas figuras simbólicas terem nomes diferentes, sua atuação é idêntica, e vamos compreendê-las melhor através do que fica evidenciado neste exemplo:
O Dr. Radin constatou quatro ciclos distintos na evolução do mito do herói. Chamou-lhes: ciclo Trickster, ciclo Hare, ciclo Red Horn e ciclo Twin. Percebeu claramente o significado psicológico desta evolução quando disse:
“Representa os esforços que fazemos todos para cuidarmos dos problemas do nosso crescimento, ajudados pela ilusão de uma ficção eterna.”
O ciclo Trickster corresponde ao primeiro período de vida, o mais primitivo. Trickster é um personagem dominado por seus apetites; tem a mentalidade de uma criança. Sem outro propósito senão o de satisfazer suas necessidades mais elementares, é cruel, cínico e insensível (nossas histórias do Irmão Coelho ou da Raposa Reynard perpetuam o que há de mais essencial no mito Trickster).
Reynard é um ciclo literário bastante conhecida na França, na Inglaterra e na Alemanha sobre um ser antropomórfico e trapaceiro chamado Reynard, que se assume na forma de uma raposa vermelha. O personagem é tratado extensivamente em francês antigo, no espectro de variantes da linguagem romântica falada em territórios que grosso modo, correspondem a metade setentrional da França moderna e partes da Bélgica e Suíça durante o período de 1000 a 1300. Na história Reynard é convidado a corte do rei Noble, ou Leo, o Leão, para responder as acusações feitas contra ele por Isengrim, o Lobo. Outros animais antropomórficos na história, incluindo Bruin o Urso, Baldwin o Asno, Tibert o Gato.