Ao iniciar estudos na magia, uma das primeiras etapas é estudar sobre rituais ou amuletos (talismãs) mágicos. Entretanto, em uma época “fast food” de conhecimento, o real significado dessas ferramentas se perderam ou ficaram totalmente deturpadas com regras e dogmas sem sentido.
Nesse texto, vamos descobrir o que são, e como criá-los.
Por si só, porém, o talismã nada é. Só se torna eficaz quando apropriadamente consagrado e vitalizado.
Em qualquer feira mística/esotérica teremos as inúmeras pedras ou cristais para determinados fins, pedras da lua, de vênus, de energia amarela e azul, verde a branca (podemos encontrar o mesmo para velas), mas o simples fato de usa-las como mero símbolo como se fosse um botão que se aperta, não fará desse objeto um item mágico, já que a substância nada vale, até ter sido devidamente consagrada por uma cerimônia mágica apropriada e transformada no veículo de um tipo de força;
O mesmo pode ser aplicado para os rituais, que estão no nosso dia a dia e as vezes nem percebemos: ao acordar quais as primeiras tarefas que você se aplica? Provavelmente são os mesmos passos repetidos, é o seu ritual matinal, as vezes até tomar o seu banho diário é um ritual, sempre um passo após o outro em uma sequência que você já fez tantas e tantas vezes.
A grande diferença entre um ritual de tomar um simples banho de uma pessoa comum, e um estudante de magia, é que talvez a pessoa comum tomará esse banho totalmente alheio ao que ele esteja fazendo, pensando em inúmeras coisas aleatórias e todo o momento sendo processado no automático. Já um magista fará um autentico ritual de limpeza, aonde cada passo, a ordem de cada passo, e o tempo de duração é uma atividade com um significado adicional:
Quando o significado simbólico da atividade tem prioridade sobre o prático, estamos falando de um ritual, e não de um hábito ou rotina.
E não estamos falando aqui, de “algo” do além, de outro plano, ou dimensão, é uma ferramenta, um comportamento, estritamente humano:
Os rituais estão presentes na vida humana há muito tempo. Os antropólogos acreditam que os primeiros proto-rituais surgiram antes de qualquer forma de crença religiosa. A teoria ritual do mito de Robertson Smith propõe que “as primeiras religiões consistiam principalmente de ações, e não de ideias, e que a última foi adaptada como racionalizações pós fato da primeira”.
Isso está de acordo com a visão psicológica de que o ritual humano é uma resposta evolutiva à incerteza. Acrescenta estrutura e estabilidade a um mundo imprevisível.